Ela caminhou por várias ruas na sua cidade nova. Olhou os jardins, reparou nos telhados das casas e como as calçadas eram limpas. O lugar parecia perfumado. Sentia isso a cada respiração mais funda.
Quando a noite caiu, ela encontrou uma Casa de Chás. Um lugar quase no meio do nada, no final da rua. Entrou.
Acomodou-se em uma das três mesas que lá havia. Logo, um rapaz alto, magro e com a barba feita chega.
- A senhora aceitaria uma xícara de chá?
- Qual chá?
- Temos chá de querência, para os quereres da vida. Chá de carinhos, de flores raras que afagam os corações carentes. Chá de sorriso, que faz os lábios se esticarem e melhora a aparência. E...
- Quero todos!
- A senhora deseja aproveitá-los como?
- Como?
- Digo, como deseja seus chás? Hoje, amanhã, no dia primeiro ou um em cada mês do ano?
- ... Bom, traga-me apenas um chá de sorrisos.
- Boa escolha. Reparei que a senhora possui o sorriso mais bonito dessa noite.
- Obrigada, rapaz.
- Por nada. O chá está saindo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário