Ela tinha olhos verdes. Reparou muito bem reparado. Foi somente pedir um café preto, pequeno, para espantar a preguiça do dia. Ainda usava óculos escuros e uma bolsa tiracolo marrom. Pediu o café e esperou. Ao receber, atentou para a moça que o serviu. Olhos verdes, rosto pálido. Ele pegou o café e permaneceu olhando a moça. Ela serviu e sequer levantou o olhar. Reprimida. Tímida. Desajeitada.
Ele quis ficar mas a tolerância do ponto não permitia. Olhou mais uma vez. Não tinha nome bordado no bolso do uniforme. Ninguém a chamava pelo nome. Não sabia como nunca havia reparado nela.
Foi embora e naquela noite, antes de dormir, pensou na moça do café.
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