20110912

Por chocolate...

Uma noite de verão, um doce e um sorriso: ainda me permitia saborear um bom chocolate após o almoço. Diariamente, sem culpa, assim o fazia. Como um ritual.
Como se fosse vital sentir o sabor de cacau e leite derretendo dentro da boca, nada era mais prazeroso antes de enfrentar as missões impossíveis da rotina. Naquele dia, levei um a mais. Guardei a delícia para depois. Articulei quando, onde e como curtir aquele gosto dos deuses. Deixei para a noite.

Depois das sete, um calor típico que me tirava as forças foi cessado. O ar fresco me deixou leve. Borboletas saiam da minha barriga, como uma ansiedade boa e boba. Poderia ser a vontade de ter o chocolate se desfazendo na língua, mas não.
Foi um breve sorriso que me fez suspirar. Nem calor, nem cansaço, apenas aquele sorriso superou qualquer gosto doce na boca, do que qualquer frescor na quentura da noite.

Desde então, carrego sempre mais um chocolate na bolsa.

CATEGORIA: Verdades Ilusórias

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